A envolvente dos edifícios deve ser concebida e dimensionada de modo que, tendo em conta as deformações previsíveis da construção e as variações dimensionais dos seus elementos constituintes, não se verifique a penetração, através da água da chuva incidente, devendo apresentar suficiente capacidade de evacuação.
A parte enterrada da envolvente dos edifícios deve ser concebida e dimensionada de modo que não se verifique a penetração, através da água proveniente do solo.
Nos locais húmidos e, dum modo geral, em todos aqueles onde a presença da água possa ter um carácter permanente ou pelo menos prolongado, os elementos de construção que possam estar sujeitos a essa presença assim como as respectivas ligações em particular, a ligação entre os pisos e os paramentos das paredes devem ser estanques à água.
Nas redes de distribuição de água e de evacuação de esgotos, os elementos de equipamento nelas integrados e os aparelhos sanitários devem assegurar estanquidade à água em condições normais de uso.
A estanquidade à água da envolvente dos edifícios pode ser assegurada com utilização de materiais impermeáveis ou com a adopção de disposições construtivas adequadas.
A água não deve poder atingir os materiais de construção sensíveis à sua presença, nomeadamente os materiais com funções de isolamento térmico.
Deve-se ter particular atenção ao traçado das canalizações destinadas às instalações eléctricas, as quais não devem facilitar o transporte de águas infiltradas no interior das construções.
A estanquidade à água proveniente do interior tem especial cabimento nos locais que possam ser sujeitos a processos de limpeza com água abundante, como são, por exemplo, as cozinhas, os refeitórios e as instalações sanitárias.
Os elementos de equipamento e os aparelhos sanitários integrados nas redes de distribuição de água e de evacuação de esgotos devem assegurar elevada resistência aos actos de vandalismo, quando estes sejam previsíveis.
Estanquidade à água proveniente do exterior
No que diz respeito à estanquidade à água da chuva é necessário ter em conta:
– A pressão limite de estanquidade, ou seja, valor máximo da pressão estática do ar para a qual a estanquidade à água fica assegurada;
– A infiltração de água, ou não, sob o efeito da chuva incidente acompanhada da acção do vento;
– A estagnação ou transbordo da água nas redes de evacuação de água sob o efeito da chuva incidente.
Estanquidade à água proveniente do solo
No que diz respeito à estanquidade à água proveniente do solo é necessário ter em conta:
– A permeabilidade à água sob o efeito da pressão da camada aquífera no seu nível natural mais elevado;
– A capilaridade das paredes e dos pavimentos.
Estanquidade à água proveniente do interior
No que diz respeito à estanquidade à água proveniente do interior é necessário ter em conta:
– A presença ou ausência de infiltrações sob a acção de água acumulada;
– A presença ou ausência de infiltrações sob a acção de água projectada;
– A pressão máxima para a qual não se produz qualquer fuga ou deformação das condutas da rede de distribuição de água.