Todos os edifícios, de qualquer natureza, devem ser dimensionados e equipados de forma a permitir que se criem e se mantenham no seu interior condições ambientais satisfatórias do ponto de vista do conforto térmico e da eficiência energética, tendo em conta a ocupação dos diferentes locais, espaços, e o normal funcionamento dos seus equipamentos. A disposição anterior implica que não se gerem nos ocupantes sensações de desconforto devidas a perdas exageradas de calor, à desigualdade de temperatura entre as diversas partes do corpo e à dificuldade de eliminar o calor do corpo gerado pelo metabolismo, o qual depende do tipo de actividade realizada.
Os edifícios em regra geral deverão ser orientados tendo em conta as características climáticas do local e as necessidades de insolação dos diferentes locais onde se encontram implantados.
Existem no entanto, alguns parâmetros e alguns índices térmicos que se podem considerar fundamentais para a análise térmica tendo em vista a eficiência energética:
– O seguinte indicador chamado de necessidades nominais de energia útil para a estação de aquecimento, Ni, e para a estação de arrefecimento, Nv, são contabilizados por metro quadrado de área útil de cada espaço independente do edifício;
– Os chamados coeficientes de transmissão térmica dos elementos pertencentes à da envolvente dos edifícios;
– Também deverá ser considerada a Classe de inércia térmica correspondente aos edifícios em análise, estando esta relacionada com o conforto de inverno;
– Também a consideração do chamado Factor solar dos envidraçados dos edificios, ou factor solar dos vidros dos vãos ou janelas.
No que concerne à análise das necessidades nominais para aquecimento do edifício temos que:
Todos os edifícios em geral estão situados numa determinada zona climática, assim deste modo é necessário atribuir e classificar essa zona;
Por Exemplo: “Um caso prático”
1 -Para edifícios situados na zona climática de Inverno I3, estes deverão ser dotados de sistemas centralizados de aquecimento.
2 – Para os edifícios escolares situados na zona climática de Inverno I2, estes deverão ser dotados de sistemas de aquecimento, através de unidades individuais ou, de preferência, através de sistemas centralizados.
3 – Para edifícios escolares localizados em zona climática de Inverno I1, esses deverão ser dotados de aquecimento nomeadamente e pelo menos os gabinetes, as secretarias, a biblioteca, os auditórios, mesmo que seja através de unidades individuais de aquecimento.
Relativamente à análise das necessidades nominais para arrefecimento dos edifícios consideramos o seguinte: “Exemplo caso prático”
No caso dos edifícios escolares, é recomendável que em zonas de Verão com classificação V2 e/ ou V3, essas construções possuam uma elevada inércia térmica.
Continuando com o exemplo dos edifícios escolares e a sua eficiência energética; Para edifícios escolares localizados e classificados como em zonas de Verão V2 e V3 deverão ser dotados de unidades de arrefecimento, mesmo que sejam individuais, destacando os locais onde se prevê ocupação continua durante todo o período quente, nomeadamente os gabinetes e a secretaria.
É recomendável que em todos os edifícios escolares com grande dimensão, i.e., com mais de 10 salas de aula, exista também unidades de arrefecimento mais propriamente nas salas de aula normais.
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