Exigências de Segurança contra incêndio em Edifícios
Os elementos de construção, as instalações e os equipamentos dos edifícios devem ser concebidos e dimensionados de modo a limitar o risco de deflagração de incêndio, tendo em conta a classificação dos locais. Devem também dispor de dispositivos sonoros e luminosos de detecção, de alarme e de alerta devendo ser adequados à dimensão do edifício, que permitam em tempo oportuno avisar os ocupantes e alertar as equipas de socorro e os bombeiros.
Os espaços interiores dos edifícios devem ser concebidos para que em caso de incêndio os ocupantes não possam ficar privados de sair para o exterior em condições de segurança e pelos seus próprios meios. Relativamente ao edifício propriamente dito, este deve ser concebido de modo a que seja dificultada a propagação do incêndio entre locais do mesmo edifício ou entre edifícios vizinhos, deverá ser também dificultada a propagação de gases e fumos nocivos entre locais do mesmo edifício. Na concepção do edifício e das envolventes deve-se ter em conta a acessibilidade dos bombeiros ao edifício em caso de incêndio.
Toda a estrutura resistente do edifício deve resistir à acção do fogo por um período de tempo determinado.
Os edifícios escolares devem dispor sempre de meios de alerta para o exterior (exemplo: telefone).
– Risco de deflagração de incêndio
No que se refere ao risco de deflagração de incêndio deve-se ter em conta, o nivel de risco proveniente das instalações e dos equipamentos que podem originar um foco de incêndio acidental e o grau de contribuição dos materiais para a origem e desenvolvimento do incêndio expresso em classes de reacção ao fogo.
– Tempos de detecção, de alarme e de alerta
Os edifícios devem possuir sistemas três tipos de sistemas de segurança contra incêndio; os de detecção de incêndio em cujo nível de eficácia deve ser expresso através do tempo necessário para avisar os ocupantes da existência de incêndio apôs a sua deflagração, os de alarme em cujo nível de eficácia deve ser expresso através do tempo necessário para avisar os ocupantes da existência de incêndio após a sua detecção e os de alerta em cujo nível de eficácia deve ser expresso através do tempo necessário para avisar as equipas de socorro e os bombeiros da existência de incêndio após a sua detecção.
– Tempo de evacuação
O tempo de evacuação deve atender aos seguintes parâmetros:
Características dos caminhos de evacuação
Eficácia das instalações de controlo de fumos
– Tempo de propagação do incêndio
A propagação do incêndio depende da compartimentação do edifício. Deste modo os diversos sectores que o compõem devem ser limitados em área e em volume, sendo esses limites impostos por elementos de construção que apresentem determinados valores de resistência ao fogo, assim o tempo de propagação do incêndio fica dependente da reacção da resistência ao fogo dos materiais da forma e disposição como estes se apresentam, sendo importante também a distância do edifício em relação ás construções vizinhas ou resistência ao fogo de paredes intermédias.
– Tempo de propagação de gases e fumos
A propagação de gases e fumos depende da permeabilidade ao ar dos elementos de compartimentação.
– Tempo de extinção do incêndio
O tempo de extinção do incêndio depende das características dos acessos quer sejam públicos ou dentro dos espaços escolares e da existência ou não de sistemas automáticos de detecção e alerta.
– Tempo de colapso da estrutura
O tempo de colapso da estrutura irá depender da resistência ao fogo dos elementos estruturais que a compõem, da severidade do incêndio e da existência ou não de meios activos de protecção. Deste modo os elementos estruturais dos edifícios devem ter resistência ao fogo suficiente para minimizar os riscos de colapso em caso de incêndio.
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