Construção Civil

Argamassas

Argamassa | Argamassas para a Construção CivilA argamassa é uma mistura plástica de areia, ligante e água. Quando a argamassa for constituída por apenas um ligante, ela tomará o nome desse ligante; quando for constituída por mais que um ligante, denominar-se-à argamassa bastarda.

A argamassa  deve ter certas propriedades tais como:

ü  Resistência à compressão

ü  Impermeabilidade

ü  Constância de volume

ü  Boa aderência às alvenarias

ü  Constância de volume durante a presa e endurecimento

ü  Resistência química

Embora a resistência à compressão seja a propriedade mais importante, em certos casos outras propriedades como a impermeabilidade, podem vir a ter mais interesse. Geralmente verificamos que uma argamassa que apresente grande resistência à compressão ela também satisfaz às outras propriedades.

Estas propriedades dependem dos seguintes factores:

a) Qualidade e dosagem do ligante na argamassa

b) Quantidade de água de amassadura

O volume de água depende principalmente da finura da areia e da quantidade do ligante. Esta quantidade de água tem grande influência não só na resistência à compressão como na impermeabilidade, pois que quando maior for a quantidade de água, maior será o numero de vazios existentes e por consequência menor resistência à compressão e menor impermeabilidade.

c) Natureza, qualidade e composição granulométrica do material inerte

d) Cuidados de fabrico, condições de aplicação em obra e sua conservação

Quando uma argamassa é colocada em obra, deve ser bem apertada com a colher ou vibrada, pois assim terá maior compacidade.

 

Resistência à compressão:

Esta resistência depende de múltiplos factores, em particular:

ü  Da qualidade e dosagem do ligante

ü  Da quantidade da água de amassadura

ü  Da composição granulométrica da natureza e da resistência ao esmagamento da areia

 

Impermeabilidade:

A impermeabilidade de uma argamassa é a propriedade que esta de não se deixar atravessar por um líquido em pressão, sendo tanto maior, quanto menores forem os diâmetros dos poros.

É uma qualidade que em certas relações tem uma importância primária. A impermeabilidade de uma argamassa está relacionada com a compacidade e esta com o numero de vazios existentes, pois quanto menor for o número de vazios existentes, maior será a compacidade e maior será a impermeabilidade.

Aumentando a compacidade, aumenta a impermeabilidade, por conseguinte, uma forte compacidade arrasta uma boa impermeabilidade , mas o inverso não é necessariamente verdadeiro.

Com o tempo, a argamassa se torna mais compacta e a impermeabilidade maior. A existência deste facto pode ser explicada por três razões:

ü  A partir de certa altura, a cal existente no cimento da argamassa pode carbonatar-se quando em presença do CO2 da atmosfera e formar uma camada protectora.

ü  Pode ainda acontecer que a água das chuvas transporte substâncias dissolvidas que se vão depositar nos poros da argamassa e os colmatem.

ü  A explicação mais verosímil será a que se refere ao facto de a argamassa se comportar com uma substância coloidal (gel) e portanto quando exposta à humidade, inchar.

As razões pelas quais uma argamassa não é impermeável são as seguintes:

ü  Ela não está repleta, isto quer dizer que todos os vazios que existem entre os grãos de areia não são preenchidos pela pasta de cimento, portanto a água pode atravessar através dos interstícios.

ü  A pasta do cimento está em quantidade suficiente, mas ela é porosa ou não adere perfeitamente aos grãos de areia

A melhor maneira de termos uma argamassa impermeável, será no caso geral, fazer com que ela tenha um mínimo de vazios possível, e por conseguinte, para isso terá que usar-se certos produtos chamados hidrófugos, até porque com uma percentagem maior de cimento na argamassa, a retracção do cimento provoca a fendilhação da argamassa.

Existem dois tipos de produtos hidrófugos:

Hidrófugos de superfície

Hidrófugos de massa

 

Hidrófugos de superfície:

São constituídos por camadas que se aplicam sobre a superfície de argamassa e a impermeabiliza. Deverão estes hidrófugos verificar as seguintes condições:

ü  Serem muito aderentes e por conseguinte ligeiramente penetrantes nos capilares da superfície a revestir.

ü  Serem quimicamente resistentes às águas de contacto e possuírem uma resistência suficiente ao desgaste.

ü  Não atacarem quimicamente os constituintes da argamassa e não serem atacados por eles.

ü  Constituírem eles mesmos uma camada impermeável, serem desprovidos de fragilidade e terem um envelhecimento o mais lento possível.

Exemplos: Parafina, cera, emulsões asfálticas; Produtos protectores; Produtos para reacções químicas.

 

Hidrófugos de massa:

Os hidrófugos de massa são produtos que se incorporam na argamassa para lhe aumentar a compacidade; uns agitam-se mecanicamente e outros quimicamente.

São utilizados no caso de ser feita argamassa com uma percentagem insuficiente de cimento ou uma areia defeituosa sob o ponto de vista granulométrica.

Dos hidrófugos de massa temos os seguintes:

ü  Pós inertes, como seja a sílica moída, misturando-as primeiro a seco.

ü  Pós activos, que reagem com os constituintes do cimento.

ü  Outros Produtos

 

Um bom hidrófilo não deve influir sobre a resistência mecânica da argamassa, mas a maior parte destes produtos influem mais ou menos na resistência mecânica da argamassa com excepção da pozolana pelo que nem sempre podem ser utilizados. Eles só será aplicados como último recurso pelo facto de a areia que temos para utilizar ser má e portanto a argamassa vir realmente porosa, ou quando a resistência à compressão não for um elemento necessário e só interessar a impermeabilidade da argamassa.

O ideal para obter uma argamassa com um máximo de impermeabilidade, será escolher para a sua preparação uma areia granulométricamente bem calibrada e com um máximo de compacidade, e a aplicação da argamassa na obra ser feita com um certo aperto de modo a reduzir o número de vazios. Para melhorar em seguida as condições de impermeabilidade, é preferível usar uma impermeabilização de superfície.

Compacidade:

Esta propriedade, como já vimos anteriormente, é uma das qualidades essenciais de uma argamassa, porque ela engloba uma boa resistência assim como boa estanquecidade.

O estudo da compacidade pode ser feito a partir do triângulo de FERET.

 

Quantidade de água:

Deve-se empregar uma quantidade suficiente de água para obter uma argamassa plástica.

A mistura de um ligante com água chama-se pasta e é de consistência normal se a quantidade de água é igual aos vazios do ligante, seca se for menor, e fluida se for maior.

Uma argamassa seca é a que apresenta mais resistência à compressão, porém, ela é pouco aderente aos materiais o que é um inconveniente.

As argamassas muito secas são difíceis de utilizar devido à fraca aderência, mas é preciso não esquecer que uma argamassa muito mole é porosa e permeável e ainda pouco resistente mecanicamente. Então deverá ter um valor intermédio, a quantidade de água a utilizar.

A quantidade de água de amassadura esta relacionada directamente com a superfície específica dos grãos de argamassa: grãos de areia e grãos de cimento.

Por consequência ela aumentará com a finura das areias e com a quantidade de ligante utilizado, quer dizer, com a dosagem.

Pode considerar-se a água de amassadura de uma argamassa ou betão dividida em duas partes; a primeira destina-se a formar uma pasta com o cimento, e a segunda a molhar o inerte para permitir a ligação com a pasta de cimento.

 

Dosagem de cimento:

Para que uma argamassa tenha um máximo de compacidade, devemos preencher todos os vazios com cimento; para este caso, o emprego de uma areia com boa granulometria é essencial.

Como é preciso não só preencher os vazios como também que o cimento envolva totalmente os grãos de areia, devemos usar mais cerca de 10% de cimento.

 

Aderência das argamassas:

Sob o ponto de vista da aderência, interessam as argamassas com bastante água. No entanto, esta em excesso, prejudica a resistência. Quando se aplicam as argamassas sobre pedras, deve molhar-se previamente a pedra, pois esta absorve água por higroscopicidade e facilita-se assim a aderência, evitando que a pedra vá buscar água da argamassa que podia fazer falta para a hidratação do ligante. Para os tijolos, geralmente mergulham-se em água, pois que assim o tijolo fica saturado de água e não rouba por conseguinte, a agua à argamassa.

Uma das condições também essenciais para que a argamassa adira bem às pedras é que estas estejam limpas.

O cimento Portland adere melhor do que os cimentos prontos e cais.

As areias conduzem a uma melhor resistência para uma argamassa como já foi dito, mas também conduzem igualmente a uma melhor aderência.

As argamassas a que corresponde uma melhor resistência, são por conseguinte, também melhores sob o ponto de vista de aderência.

 

Retracção da argamassa:

A presa e o endurecimento dos ligantes, argamassas e betões, provocam mudanças de volume, e é a este fenómeno que se chama retracção.

Esta retracção propriamente dita, junta-se um outro fenómeno denominado cedência, que é relativa às deformações sobre argamassas e betões sob cargas.

A retracção e a cedência, são a base principal de grande número de fissuras constatadas nas construções.

Quando as argamassas, são muito ricas tornam-se, além de pouco económicas, perigosas por causa da retracção.

Se misturarmos ao cimento areia, podemos reduzir a retracção para 1/3.

Assim a retracção será tanto maior quanto mais cimento e mais água se usar; depende também das condições de conservação. Uma argamassa aplicada em tempo muito seco experimenta uma retracção muito maior que em tempo húmido. Um meio húmido e não muito quente, nem frio, será um óptimo meio de conservação.

 

Decomposição das argamassas:

a)       Acção das águas agressivas

b)       Acção do tempo

O calor acelera a presa e o endurecimento das argamassas e por conseguinte, o frio retarda-as, podendo mesmo interrompê-las. O sol e o vento dessecam as argamassas, e têm por fim fazer evaporar uma parte da água necessária à hidratação do cimento. Assim também as alvenarias que acabam de ser executadas, devem durante os primeiros dias ser protegidos contra uma evaporação demasiado rápida, com a ajuda de meios apropriados; esta operação toma o nome de cura da argamassa.

Para os cimentos de escórias e cimentos pozolânicos, a cura deve ser mais prolongada. A congelação é extremamente perigosa; com efeito uma argamassa que contém água em estado livre, esta água é susceptível de gelar.

 

Dosagem das argamassas:

Chama-se dosagem de uma argamassa ao peso em quilogramas de cal ou cimento que é preciso misturar a 1 m3 de areia seca, de maneira a que sejam preenchidos todos os vazios da areia. Segundo a quantidade de cimento utilizada, distinguem-se três tipos de argamassas diferentes.

ü  Quando se  emprega uma pequena quantidade de ligante temos uma argamassa magra ou pobre.

ü  Quando se utiliza uma percentagem grande de ligante temos uma argamassa rica.

ü  A argamassa intermédia chama-se argamassa normal.

As dosagens das argamassas variam com o fim a atingir e a natureza do ligante. As dosagens normais das argamassas de cimento são mais elevadas que as das argamassas de cal.

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